Conforme menciona o investidor especializado em economia e finanças Otávio Oscar Fakhoury, tomar decisões financeiras é uma tarefa que exige equilíbrio entre razão e emoção, mas, na prática, as emoções muitas vezes têm um peso maior do que imaginamos. Situações de otimismo ou desespero podem nos levar a escolhas impulsivas, especialmente em contextos de investimento. Aliás, em momentos de incerteza, como crises econômicas, essas reações emocionais se intensificam, desafiando até mesmo os investidores mais experientes.
Portanto, entender como esses sentimentos influenciam nossas ações é uma ação importante para construir estratégias mais conscientes e eficazes. Dessa maneira, a psicologia econômica surge como uma ferramenta importante para desvendar esse complexo relacionamento entre emoções e finanças. Com isso em mente, a seguir, iremos conhecer um pouco mais de seus detalhes.
Por que nossas emoções impactam tanto nossas decisões financeiras?
Quando se trata de investimentos, decisões racionais são por vezes deixadas de lado em favor de reações emocionais. Medo, ansiedade e otimismo exagerado são emoções comuns que influenciam escolhas financeiras, mesmo quando alguns dados indicam o contrário do que pensamos.
Esse fenômeno é conhecido como “viés emocional”, onde nossas emoções podem amplificar riscos ou oportunidades que, na prática, podem não ser tão grandes quanto parecem. Assim sendo, de acordo com Otávio Oscar Fakhoury, a psicologia econômica se dedica a entender essas dinâmicas e como elas moldam nosso comportamento financeiro.
A ciência já comprovou que as emoções são úteis para a sobrevivência, mas podem se tornar problemáticas quando influenciam a maneira como gerimos nosso dinheiro. Por exemplo, durante uma alta inesperada no mercado, investidores podem sentir a famosa “fomo” (medo de ficar de fora), levando a decisões precipitadas. Da mesma forma, quando o mercado está em queda, o medo pode resultar em vendas impulsivas, causando prejuízos desnecessários. Portanto, entender o papel das emoções é essencial para tomar decisões mais equilibradas.
O que acontece com nossas emoções durante crises econômicas?
Segundo o empresário Otávio Oscar Fakhoury, crises econômicas costumam ser verdadeiros testes para a resiliência emocional dos investidores. O medo é a emoção dominante nesses períodos, muitas vezes levando as pessoas a saírem de investimentos sólidos por pânico. Por outro lado, em tempos de crise, alguns investidores podem desenvolver uma confiança exagerada em suas habilidades, acreditando que podem prever o momento exato de reversão do mercado. Esse excesso de confiança, embora menos comum, também pode ser igualmente prejudicial.
Equilibrando emoções e decisões de investimento
Controlar as emoções em decisões financeiras não é tarefa fácil, mas é possível com estratégias práticas, como frisa Otávio Oscar Fakhoury, ex-executivo da área de Renda Fixa. Uma delas é criar um plano de investimento com metas claras e bem definidas, que permita resistir à tentação de reagir a curto prazo. Além disso, educar-se sobre psicologia econômica pode ajudar a identificar padrões emocionais, como a tendência de seguir a multidão ou reagir impulsivamente a flutuações do mercado.
Outra técnica eficaz é a diversificação, que reduz riscos e oferece maior segurança emocional ao investidor. Pois, com uma carteira bem distribuída, é mais fácil resistir ao medo de grandes perdas ou ao entusiasmo de colocar “todos os ovos em uma só cesta”. Sem falar que cultivar a paciência e adotar uma abordagem disciplinada, baseada em dados e planejamento, é a melhor forma de manter as emoções sob controle e alcançar bons resultados financeiros.
O equilíbrio emocional como a chave para decisões financeiras mais sólidas
Em última análise, a psicologia econômica evidencia que nossas emoções têm um impacto considerável nas decisões de investimento, especialmente em tempos de crise. O medo, a ansiedade e o excesso de confiança são desafios frequentes, mas que podem ser mitigados com educação, planejamento e estratégias de diversificação. Dessa forma, ao entender como nossas emoções afetam nossas escolhas, podemos criar um caminho mais estável e promissor para nosso futuro financeiro.