Valderci Malagosini Machado, conforme expõe na prática de seu trabalho como Engenheiro e Diretor Técnico, analisa que os blocos de concreto são elementos fundamentais em projetos de alvenaria estrutural, e a escolha correta desses componentes tem impacto direto na segurança, na durabilidade e no desempenho da edificação. A seleção desses materiais deve considerar resistência, uniformidade e compatibilidade com o sistema construtivo. Quando essa análise é feita de forma criteriosa, erros comuns do canteiro são evitados desde a origem.
O que observar na resistência e na padronização dos blocos
Segundo o entendimento de Valderci Malagosini Machado, o primeiro critério técnico para escolher blocos estruturais é a resistência característica à compressão. Essa propriedade precisa estar de acordo com o dimensionamento do projeto, garantindo que cada bloco suporte as cargas previstas sem deformações excessivas. Quando os blocos possuem resistência inadequada, surgem fissuras, esmagamentos e falhas que comprometem o desempenho da parede estrutural.
Outro ponto decisivo é a padronização dimensional. Blocos com variações acima do tolerável geram paredes desalinhadas, aumento de consumo de argamassa e dificuldade no encaixe das fiadas. Ainda que isso pareça detalhe, pequenas diferenças se multiplicam ao longo da execução e resultam em recalques diferenciais, trincas e patologias difíceis de corrigir depois. Essa atenção evita retrabalhos e mantém o ritmo adequado da obra.

Absorção de água e durabilidade: fatores que influenciam diretamente o desempenho
A absorção de água é um aspecto frequentemente negligenciado. Conforme detalha a experiência de Valderci Malagosini Machado, blocos com absorção inadequada podem comprometer argamassas, alterar o tempo de pega e até gerar manchas e eflorescências. Em ambientes úmidos ou expostos às intempéries, esse problema se intensifica, fazendo com que o desempenho da parede caia significativamente.
Nota-se também que blocos bem produzidos passam por processos de cura controlados, garantindo resistência final adequada e reduzindo o risco de fraturas durante o manuseio. Quando a cura é insuficiente, o bloco chega ao canteiro com fragilidade elevada, quebrando com facilidade e gerando desperdício de materiais. A durabilidade do sistema depende diretamente desse cuidado inicial.
Compatibilidade com o sistema estrutural e impacto na produtividade
Como reforça Valderci Malagosini Machado, a escolha do bloco deve considerar sua integração com o restante da estrutura. Isso significa avaliar se o módulo adotado combina com as dimensões das lajes, vigas, vergas e contravergas. Quando o bloco é compatível com o sistema como um todo, o canteiro ganha velocidade, há menos cortes e ajustes e o risco de desalinhamento diminui.
A produtividade também aumenta quando os blocos são mais leves, possuem pega confortável e boa resistência ao manuseio. Equipes treinadas conseguem executar fiadas com maior precisão, reduzindo falhas de prumo e nivelamento. Esses aspectos influenciam diretamente o cronograma, reduzindo atrasos e minimizando desperdícios.
Um olhar estratégico para evitar dores de cabeça futuras
Na prática, a escolha de blocos de qualidade funciona como medida preventiva contra patologias comuns na alvenaria estrutural. Entre elas estão fissuras de acomodação, empenamentos, deslocamento de paredes, falhas de aderência nas juntas e infiltrações. Embora essas ocorrências muitas vezes apareçam meses após a finalização da obra, a origem costuma estar na escolha inadequada dos blocos ou na falta de controle de qualidade durante a compra.
Quando o engenheiro avalia fornecedores, verifica laudos, observa processos de fabricação e confere a homogeneidade dos lotes, reduz drasticamente as chances de problemas ao longo da vida útil do edifício. Assim, a decisão deixa de ser apenas comercial e passa a ser parte fundamental da segurança estrutural. Essa abordagem, evidenciada por Valderci Malagosini Machado, ajuda a transformar escolhas técnicas em obras mais duráveis, precisas e econômicas.
Autor : Altimann Brecht
