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Menores de idade vendem cursos e ganham dinheiro no Brasil: Justiça proíbe influenciadores infantis
Em um cenário que tem sido cada vez mais comum no Brasil, menores de idade têm se tornado influenciadores em redes sociais como Instagram e Facebook, vendendo cursos e ganhando dinheiro. No entanto, a Justiça do Trabalho decidiu tomar medidas para proteger essas crianças e adolescentes, proibindo que as plataformas permitam sua atuação sem autorização judicial.
A decisão foi tomada após o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentarem um inquérito civil que apontava a existência de perfis de crianças e adolescentes com atuação comercial nas duas redes sociais. A Justiça determinou que Instagram e Facebook não permitam a atuação dessas crianças e adolescentes sem autorização judicial, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia para cada caso irregular.
A decisão é um passo importante na proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil. Muitos menores de idade têm se tornado influenciadores em busca de dinheiro e fama, mas muitas vezes sem entender as consequências legais de sua atuação. Além disso, a exposição excessiva nas redes sociais pode ter impactos negativos na saúde mental desses jovens.
O advogado do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, João Francisco Coelho, afirmou que a decisão deixa claro que as redes têm a obrigação de garantir que crianças atuem como influenciadoras apenas dentro da lei. “A lei é clara: crianças não podem ser exploradas para fins comerciais”, disse ele. “É importante que as plataformas sejam fiscalizadas e garantam que esses menores de idade estejam protegidos”.
A decisão da Justiça também tem implicações para os pais e responsáveis desses menores de idade, que podem ser responsabilizados por permitir a atuação comercial de seus filhos. Além disso, as plataformas devem garantir que suas políticas sejam claras e transparentes, evitando que crianças e adolescentes sejam exploradas para fins comerciais.
Em resumo, a decisão da Justiça é um passo importante na proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil. As plataformas devem garantir que esses menores de idade estejam protegidos e não sejam explorados para fins comerciais. Além disso, os pais e responsáveis desses jovens devem ser conscientizados sobre as consequências legais da atuação comercial de seus filhos nas redes sociais.