Bruno Rodrigues Quintas aborda um tema crucial no direito brasileiro: as indenizações por erro médico e as diferentes formas de responsabilidade. Quando ocorre um erro no atendimento médico, surge uma dúvida importante: a responsabilidade do profissional de saúde é objetiva ou subjetiva? Este questionamento é essencial para determinar as condições em que o paciente pode receber uma compensação pelos danos sofridos.
O que caracteriza a responsabilidade objetiva no erro médico?
A responsabilidade objetiva no erro médico significa que o profissional pode ser responsabilizado pelos danos causados ao paciente independentemente da culpa. Ou seja, mesmo que não tenha havido intenção de prejudicar o paciente ou negligência por parte do médico, o erro ocorrido já é suficiente para a imposição de uma reparação. Isso ocorre principalmente quando o erro está vinculado a atividades de risco, como em hospitais ou estabelecimentos de saúde, onde os pacientes dependem da expertise dos profissionais para sua recuperação.
Conforme explica Bruno Rodrigues Quintas, a responsabilidade objetiva visa proteger os pacientes, garantindo que eles não precisem comprovar a culpa do médico para buscar uma indenização. No entanto, essa responsabilidade não é aplicada a todos os casos. É preciso que o erro médico ocorra em situações de risco reconhecidas, o que facilita o processo de obtenção de uma compensação por parte do paciente.
Quando se aplica a responsabilidade subjetiva em erro médico?
A responsabilidade subjetiva, por outro lado, exige a comprovação de culpa, ou seja, é necessário demonstrar que o erro médico foi causado por negligência, imprudência ou imperícia do profissional de saúde. Segundo Bruno Rodrigues Quintas, nesse tipo de responsabilidade, o paciente precisa provar que o médico agiu de maneira inadequada, o que torna o processo jurídico mais complexo e sujeito à análise detalhada do comportamento do profissional.

Em muitos casos, a responsabilidade subjetiva é aplicada em situações em que o médico não seguiu os protocolos estabelecidos, agiu de forma desleixada ou não tomou os cuidados necessários durante o atendimento. Nesses casos, a falha é mais pessoal e não está necessariamente ligada ao ambiente de risco em que o paciente se encontra.
Qual é a importância de entender as diferenças entre responsabilidade objetiva e subjetiva?
Entender as diferenças entre responsabilidade objetiva e subjetiva é essencial para que as partes envolvidas em um processo de erro médico possam construir uma argumentação jurídica sólida. Para os pacientes, compreender qual forma de responsabilidade se aplica ao seu caso pode significar uma chance maior de sucesso na busca por uma compensação. Já para os profissionais de saúde, o conhecimento dessas diferenças pode ser a chave para sua defesa.
Bruno Rodrigues Quintas ressalta que, em ambos os casos, é fundamental que os envolvidos tenham o suporte de profissionais jurídicos especializados, que possam ajudar a identificar qual tipo de responsabilidade se aplica e a melhor forma de proceder em cada situação. A análise precisa e a correta interpretação da lei são cruciais para garantir que os direitos de todas as partes sejam respeitados.
As indenizações por erro médico envolvem questões jurídicas complexas que dependem da análise de diferentes formas de responsabilidade. A responsabilidade objetiva facilita a reparação de danos para os pacientes, sem a necessidade de comprovar culpa, enquanto a responsabilidade subjetiva exige provas claras de falha do profissional. A compreensão dessas distinções é fundamental para a correta aplicação da lei e para a obtenção de justiça em casos de erro médico.