Segundo o médico e gestor empresarial Alberto Pires de Almeida, a gestão hospitalar enfrenta desafios constantes para garantir o bem-estar dos pacientes e a eficiência dos serviços. Agora, com as mudanças climáticas se intensificando, esses desafios se tornaram ainda mais complexos.
Fenômenos como ondas de calor, enchentes e tempestades afetam diretamente a saúde pública, além de exigir adaptações nos processos hospitalares. A seguir veremos como os hospitais estão sendo impactados pelas mudanças climáticas e algumas das medidas adotadas para mitigar esses danos.
Como as mudanças climáticas afetam a demanda por serviços hospitalares?
As mudanças climáticas têm causado um aumento na demanda por serviços de saúde. Ondas de calor, por exemplo, levam a um aumento no número de casos de desidratação, insolação e doenças respiratórias, especialmente em grupos vulneráveis como idosos e crianças. O Doutor Alberto Pires de Almeida destaca que, além disso, a poluição do ar, agravada pelas mudanças no clima, contribui para o crescimento de problemas respiratórios, como asma e bronquite, pressionando ainda mais os hospitais.
Outro ponto crítico é a proliferação de doenças transmitidas por vetores, como dengue e malária, que aumentam à medida que as temperaturas sobem e as chuvas se tornam mais intensas. Isso exige que os hospitais estejam preparados para lidar com surtos de doenças infecciosas, demandando mais recursos, leitos e profissionais de saúde, conforme comenta o médico Alberto Pires de Almeida. Ou seja, os hospitais não apenas atendem mais pacientes, como também precisam expandir sua capacidade de resposta em situações de crise.
Os impactos na infraestrutura hospitalar
A infraestrutura hospitalar também é diretamente impactada pelas mudanças climáticas. Inundações e tempestades severas podem danificar prédios e equipamentos, forçando hospitais a suspender ou limitar seus serviços. Em muitos casos, a falta de planejamento para lidar com eventos extremos pode resultar na evacuação de pacientes e até mesmo no fechamento temporário de hospitais.
Ademais, o gestor empresarial Alberto Pires de Almeida ressalta que a necessidade de manter ambientes climatizados se torna crucial durante as ondas de calor. O uso intensivo de ar condicionado aumenta o consumo de energia, gerando custos extras e pressionando as redes de fornecimento elétrico. Hospitais que não estão preparados para esses picos de demanda correm o risco de falhas energéticas, comprometendo o atendimento a pacientes em estado crítico, que dependem de aparelhos eletrônicos para sobreviver.
Como a gestão hospitalar está se adaptando às mudanças climáticas?
Para enfrentar esses desafios, muitos hospitais estão adotando medidas de sustentabilidade e resiliência. Hospitais estão investindo em planos de contingência que incluem rotas de evacuação, treinamento de equipes para situações de emergência e a criação de estoques de suprimentos médicos essenciais. Outra adaptação importante envolve a implementação de sistemas de eficiência energética que ajudam a minimizar o impacto financeiro causado pelos aumentos no consumo de eletricidade.
Planejamento e adaptação como as chaves para mitigar os danos
Em suma, fica evidente que as mudanças climáticas representam um grande desafio para a gestão hospitalar, afetando tanto a demanda por serviços quanto a infraestrutura. No entanto, o planejamento e a adaptação são as chaves para garantir que, diante de eventos climáticos extremos, os serviços de saúde permaneçam eficientes e acessíveis.